Criando ambientes interiores de intenso cromatismo, quantas vezes excessivo, cobriam tectos e paredes dos faustosos "chalés" e "palacetes" das classes mais enriquecidas do séc. XIX e XX, mas também as moradias recatadas da pequena e média burguesia das cidades municipais.

Frágil decoração de simples pintura e, por vezes, elaborado relevo, rapidamente são afectados pelo efeitos da deterioração e alteração dos edifícios onde estão incorporados: elementos estruturais que colapsam, arrastando consigo as camadas estucadas; infiltrações das coberturas e canalizações que apodrecem as massas; repinturas cobrindo as policromias originais.

É então necessário voltar a fixar as camadas em destacamento, refazer as lacunas irremediavelmente perdidas, reconstituir relevos ausentes, remover repintes, quantas vezes repetidos ao longo dos anos, sem afectar as policromias originais... e isto tudo, nunca sem antes actuar e reparar sobre as deficiências do próprio edifício.